segunda-feira, setembro 13, 2010

Exposição de BD e "Cartoon" (obras sujeitas a selecção prévia)


Cada autor pode participar com uma banda desenhada de uma só prancha, ou seja, uma bd autoconclusiva, ou com um cartoon, ou uma caricatura, ou uma ilustração, ou seja, com uma única obra.

Qualquer peça (bd, cartune, caricatura, ilustração) pode ser elaborada com o tipo de técnica que mais aprouver ao autor/artista, inclusivamente com recurso a computador, a preto e branco ou cores.

DATA LIMITE PARA RECEBIMENTO DAS OBRAS: 30 de Setembro 2010

O regulamento que recebi afirma:

"Esta iniciativa não é um concurso , não havendo, portanto, prémios nem classificações."

Mas - digo eu agora - há uma componente importante, comum aos concursos, que é a seguinte:

"Um júri, constituído por cinco elementos, procederá à selecção das obras recebidas (...)"

O que significa, no meu entender, que algumas obras serão aceites para a exposição e outras não, visto que, se existe um júri, é exactamente para escolher as que se apresentam com qualidade suficiente para poderem ser expostas. Cá está a vertente de concurso do projecto.

Apresentada que está a opinião deste bloguista, vamos ver mais pormenores da interessante iniciativa, realizada pela parceria FECO/AMNISTIA INTERNACIONAL.

Por exemplo, o tema:

DIGNIDADE

Como diz o regulamento:
"Cada autor pode abordar a problemática da dignidade (ou da falta dela...) tomando em sentido lato o valor positivo do conceito."

Podem participar artistas profissionais ou amadores de qualquer nacionalidade

Dimensões máximas da peça que cada autor/artista pode enviar:
21x29,7 = A4

Mas tem de ser enviada por e-mail, em ficheiro JPG com resolução de 300 dpi, para o seguinte endereço:

presidente_dir@feco-portugal

Com cada obra, mas em ficheiro separado, devem ser enviados os seguintes elementos:
1) Título da obra;
2) Nome do autor;
3) Endereço postal sem esquecer o nome do país
4) Telefone
5) E-mail

Também a acompanhar cada obra tem de ser enviado um currículo resumido, em documento anexo.

Falando ainda do júri, e das suas competências, temos que aquele colectivo, formado por cinco elementos, terá também a seu cargo a escolha das obras que serão reproduzidas no catálogo a editar pelas entidades organizadoras.
Todos os autores das obras seleccionadas para o catálogo receberão um exemplar do dito cujo.

A exposição que se fará com as obras seleccionadas será inaugurada no dia 21 de Outubro de 2010.

Terá lugar na
Sociedade Artística Guilherme Cossoul
Rua Prof. Sousa Câmara, nº 156
Lisboa

Fica aqui o essencial do regulamento.
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Em tempo: a ilustração no topo do poste é da autoria de Álvaro
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Como ficou claro que, no meu ponto de vista, a iniciativa desta exposição parte da premissa de que serão seleccionadas por um júri as peças a expor, incluo esta postagem na rubrica "Concursos". Todos os anteriores poderão ser vistos de imediato clicando sobre a etiqueta "Concursos de Banda Desenhada" motrada no rodapé

3 comentários:

Zé Oliveira disse...

...O conceito de "concurso" implica classificações. Implica prémios - pecuniários ou outros, designadamente honoríficos.
...o conceito de "júri", neste caso, aponta no sentido da avaliação genérica do mérito dos trabalhos recebidos e, principalmente, do cumprimento do articulado do regulamento.
No ano passado, recebemos 500 desenhos. Não temos meios que permitam expôr tantas obras, por isso existe uma operação de selecção (não é de classificação, é de selecção). Para este ano, o regulamento encerra algumas medidas que (acreditamos...) diminuirá a quantidade de desenhos a receber. No entanto, provavelmente excederão a quantidade razoável. Por outro lado, aparecerão desenhos inadequados (fora do tema... fora das dimensões... com balões em chinês...)
O Júri selecciona. Depura. Não classifica.
...não estamos perante um concurso, mesmo que o título desta postagem diga que sim.
Exactamente por causa das dúvidas, o Regulamento afirma, explicitamente, que não se trata de um concurso.
Nós, organizadores, afirmamos (por escrito) que não é. E, mesmo assim, Lino, tu dizes que é? As palavras não têm dono. Não há ninguém (nem nenhum dicionário) que consiga obrigar alguém a significar aquilo que não quer significar. Por causa das dúvidas que fermentam nalgumas cabeças puristas, é que o regulamento esclarece os "incautos" nestes termos: "Não venham a contar com prémios, porque não há; isto não é um concurso. E não é. Tanto quanto a terra se move. Nem que, Lino, "queiras" pará-la.
Abraço

Geraldes Lino disse...

Eu não afirmei peremptoriamente que a iniciativa da FECO é um concurso. Convém, Oliveira, não adulterares, em favor da tua argumentação, aquilo que eu digo na adaptação/resumo que fiz do texto do regulamento.

O que escrevi foi: "(...) há uma componente importante, comum aos concursos, que é a seguinte: 'um júri, constituído por cinco elementos, procederá à selecção das obras recebidas'
O que significa, no meu entender, que algumas obras serão aceites para a exposição e outras não, visto que, se existe um júri, é exactamente para escolher as que apresentam qualidade suficiente oara poderem ser expostas. Cá está a vertente de concurso do projecto (...)"

Neste excerto da postagem em discussão, acho que não estou a querer parar a Terra. Sei, desde Galileu Galilei, que "e pur si muove", e ainda bem.

Do que nunca desisto é de expor a minha opinião pessoal - mesmo que isso vá afectar amigos, como está a ser o caso -, baseado no facto de já ter sido, dezenas de vezes, membro de júris de concursos, e de ter sido comissário de várias exposições. Sei bem a diferença.

E de tal conhecimento bivalente, apenas quis chamar a atenção dos interessados nessa iniciativa - que, reconheço, é muito original -, de haver uma selecção prévia feita por um júri, o que lhe cria uma feição de solução de compromisso invulgar entre uma simples exposição, organizada linearmente (com as pranchas que os autores/artistas disponibilizam a seu bel-prazer) e o espírito de concurso subjacente a uma selecção decretada por um júri.

E refuto a tua afirmação de que o conceito de concurso implica classificações, prémios pecuniários ou outros. Há concursos sem classificações nem prémios. Se quiseres comprovar, vai ver o meu "post" de Out. 20, 2009, onde lerás o seguinte:

Concurso de banda desenhada "Celacanto" (nº2) - Tema: O Lobo
Prémios: "a entidade organizadora [Qual Albatroz] apenas promete um 'email' de agradecimento (...)"

Gostaria que ficasse esclarecido, caro Oliveira, que não houve da minha parte a mínima intenção de denegrir a vossa iniciativa, visto que até a publicitei neste meu blogue, apenas não desisti de fazer uma análise crítica à originalidade dualística dela. E embora sem intenção negativista, sabia que me expunha fatalmente a um contra-ataque, classificando-me, no mínimo, de purista.
Abraços.
GL

Alvaro disse...

Senhores... A cada um de vocês tenho só uma coisa a dizer:

-deFeca nisso!