No momento em que coloco este "post", já há uma hora que estamos no dia 1 de Novembro de 2005. Neste mesmo dia, quando forem 09h30, ter-se-ão passado exactamente 250 anos após o terrível Terramoto de 1755.
Hoje, a TV, a Rádio, os jornais, as revistas, todos os "média" irão falar sobre o trágico acontecimento. Aliás, há já alguns dias que assim acontece.
E a BD, irá passar ao lado da efeméride? Pela parte que toca a este blogue, nem pensar.
Pelo singular fascínio do desenho, aqui se "postam" algumas imagens impressionantes de Lisboa sob o efeito do terramoto, por autores/artistas portugueses de Banda Desenhada que quiseram reproduzir, graficamente, essa catástrofe.
Livro escolar totalmente realizado em banda desenhada, da autoria de Eugénio Silva. Título do livro "Lições de História Pátria - 3ª classe" (*), adoptado, portanto, na então chamada escola primária.
Nele não consta a data da edição, mas, por informação do autor da BD, foi editado em 1967. No livro não é indicado quem edita, apenas consta a indicação "distribuidores Porto Editora Lda e Empresa Literária Fluminense". Mas, também por informação de Eugénio Silva, quem fez o livro foi a Porto Editora, a primeira vez que o autor para lá trabalhou.
Vinheta extraída da obra em BD "Sebastião Joseph de Carvalho e Mello - Conde de Oeiras - Marquês de Pombal" com desenhos de Rá e texto de J. Coutinho. Trata-se de uma edição da Câmara Municipal de Oeiras, datada de Março de 1990.
in História de Portugal em Banda Desenhada (volume "A Restauração da Independência" - 1ª edição 1988), obra realizada por José Garcês (desenho), A. Carmo Reis (adaptação literária), sob chancela de Edições Asa.
in "Portugal 8 Séculos em Banda Desenhada". Autores: José Morim (desenho), Maria da Conceição Fernandes (texto). Porto Editora - 1994.
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Sabe-se que cada imagem vale mil palavras. Estão à vista, parcialmente, algumas sequências gráficas da BD, que confirmam a teoria.
Não obstante, importa ainda escrever-se aqui - o que decerto vai acontecer em muitos outros blogues -, mesmo que ao de leve, mas com emoção, acerca do grande cataclismo que foi esse terramoto acontecido numa manhã tenebrosa, a do dia 1 de Novembro de 1755.
Portugal sofreu nesse dia um dos maiores sismos de sempre, e esta nossa cidade foi a parte do país que mais o sentiu. De tal maneira que nos registos históricos o acontecimento ficou conhecido por "Terramoto de Lisboa".
Com efeito, foi aqui, na capital portuguesa - na época, era a terceira urbe mais populosa da Europa - que, cerca das nove e meia da manhã, se começaram a sentir os tremendos abalos que lançaram o terror nos habitantes, e deixaram marcas indeléveis na cidade. Olhe-se para as ruínas do Convento do Carmo, exemplo impressionante, que dá uma ideia do que terá acontecido a toda a área medieval de Lisboa, desaparecida irremediavelmente.
(*) Uma preciosidade da BD de que darei pormenores em futuro "post"
5 comentários:
Bem que precisávamos de um terramoto na banda desenhada portuguesa, para que as coisas saissem do marasmo.
Um abraço
Sim, claro, não esquecendo também o terramoto na mentalidade de muita gente, que olha de soslaio, preconceituosamente, para a BD.
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