segunda-feira, junho 11, 2012

Concursos de Banda Desenhada - Prémios

As imagens que ilustram a presente postagem representam as pranchas de bandas desenhadas vencedoras do Concurso BD Avenida Marginal, cujo regulamento divulguei no passado 19 de Março de 2012.

Tenho bem a noção de como este prolongado compasso de espera fez sofrer de ansiedade os concorrentes, e isto porque, tendo sido divulgada a lista dos membros do júri - o que não é muito usual - e constando lá o meu nome, houve logo quem me perguntasse se ainda demoraria muito a publicação da lista dos distinguidos com prémios.
Um pormenor significativo: foram enviadas para o concurso, 160 bandas desenhadas! Não foi fácil, a indispensável triagem inicial, para depois se realizar a classificação final. 

O 1º prémio, no escalão "Adultos" (participantes com idade igual ou superior a 18 anos), foi atribuído pelo júri, por unanimidade, a Fernando Madeira (que usa o já bem conhecido pseudónimo Phermad), cuja prancha da bd Traição se pode apreciar no topo.


Também no escalão "Adultos" obtém o 2º lugar uma autora, Daniela Viçoso, com a bd intitulada Submundo, autoconclusiva, numa só prancha.



Luís Nogueira, assinando com o pseudónimo "Quico" a bd intitulada O Homem Mais Inteligente do Planeta, foi distinguido com o 3º Prémio (Adultos)

Lucas Marques foi um dos concorrentes distinguidos com Menção Honrosa (Adultos), e aqui fica a prancha da sua bd Ascensão e Decadência.
Pedro Horta, Afonso Ferreira, André Valente, e a dupla Diogo Campos e Silvestre ("Vete"), são os restantes concorrentes a quem foram atribuídas menções honrosas, neste escalão de adultos, e cujas bedês - todas numa única prancha autoconclusiva - ficam reproduzidas por esta ordem. 
Pedro Horta e a sua banda desenhada sem título (um pormenor muito habitual nos principiantes, embora Pedro Horta já esteja no escalão Adultos)
Safaribook, título da engraçada paródia ao facebook, da autoria de Afonso Ferreira, mais uma das menções honrosas. 
André Valente e a sua muito imaginativa adaptação de O Cervo Encantado, uma das "Fábulas de Pietr Von Pumpernickoll". 

Outra das menções honrosas foi atribuída à dupla Silvestre Francisco "Vete" (desenhador) e Diogo Campos (argumentista), de cuja co-autoria resultou a bd Um Caso Peludo.


Escalão JOVENS (Concorrentes com idade compreendida entre os 10 e os 17 anos)
Prémios e Menções Honrosas

Houve dois primeiros prémios ex-aequo.

Um deles, intitulado O Monstro Cagão, é da autoria de Filipe Cardoso
(ver reprodução abaixo da respectiva prancha)


O outro 1º Prémio ex-aequo foi alcançado por Fábio Araújo, que não intitulou a sua bd, o que se compreende num jovem de 15 anos. 

Temos em seguida os concorrentes do escalão Jovens distinguidos com Menção Honrosa
Luís Silva, com uma bd tipo mangá, em que demonstra bastantes potencialidades (nem todos conseguem desenhar as mãos das personagens como ele desenha). 
Tenho pena que seja mais um que não intitulou a sua bd, mas isso é um pormenor que se corrige. 

E por último, temos uma jovem mangaka, Catarina Gil, que reproduz com grande perfeccionismo o estilo da mangá, e sabe colorir com sensibilidade. 



Regulamento 2012 

PREMIADOS

ADULTOS:
1º Premio - Fernando Madeira
2º Prémio - Daniela Viçoso
3º Prémio - Luís Nogueira
Menções Honrosas - Afonso Ferreira; André Valente; Lucas Marques; Pedro Horta; Diogo Campos e Silvestre (Vete);
JOVENS:
1º Prémio Ex Aequo - Fábio Araújo ; Filipe Cardoso.
Menções Honrosas - Catarina Gil; Luís Silva.

Mais informamos que a exposição oficial será dia 17 de Junho no Palácio dos Aciprestes, Fundação Marquês de Pombal - Oeiras (Lisboa). O programa inclui workshops para adultos e crianças. Mais informação será publicada brevemente.
Fundação Marquês de Pombal: www.fmarquesdepombal.pt
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Quem tiver curiosidade em ver regulamentos de concursos anteriores e respectivas entidades organizadoras, poderá satisfazer-se clicando no item Etiquetas: Concursos de Banda Desenhada que está visível aqui em baixo no rodapé



9 comentários:

Luis Sanches disse...

Parabéns a todos os autores mencionados :)

Apesar de haver aqui vários autores com trabalhos interessantes, o que me impressiona mais a nivel de acabamento artistico é o da Catarina Gil. Realmente, parece mesmo mangá saido do Japão. Gostava de ver algo mais extenso desta autora.

Pedro Horta disse...

Olá,
só como nota de esclarecimento o meu trabalho tem de facto título: "Transceder". Este foi deliberadamente omitido na prancha, visto que optei por não incluir elementos textuais.
É a minha segunda participação no concurso.
Faço 'ensaios' de BD desde os meus 11 anos, comecei no ateliê de verão da Casa da Cultura de Beja, dinamizado pelo espectacular Paulo Monteiro.
Não tenho trabalhos publicados desde há muito, mas actualmente estou a 'construir' um outro conjunto de ensaios, serão 3 ou 4 volumes centrados num personagem Alentejano. Espero conseguir dar vida à história viva da planície :)

Abraço!

Geraldes Lino disse...

Viva Pedro Horta
Julgo que você terá querido dizer que o título que tinha em mente para a bd seria "Transcender" (ultrapassar, elevar-se acima do seu nível habitual) e não "Transceder", vocábulo inexistente..
E "Transcender" seria um bom título. Poderia tê-lo colocado no topo, fora das linhas delimitativas da prancha, em corpo pequeno, 8 ou próximo.
Visto que lutamos pela dignificação da BD, todos os aspectos de uma banda desenhada devem ser tratados com rigor e exigência. E como qualquer obra, de arte ou literária uma bd deve ter título.
Em todo o caso, não foi por isso que a sua banda desenhada não teve prémio, esteja descansado.
E posso dizer-lhe que lhe reconheço bastante talento.
Saudações.
GL

Pedro Horta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Horta disse...

É mesmo "Transcender", peço desculpa pela gafe. O título foi identificado quando o trabalho foi submetido, mas não tinha quaisquer intenções de o colocar na prancha, pelo menos não de forma visível. Como deve de certo saber, muitas reconhecidas obras de arte não têm título, não é o caso do meu trabalho, que tem título, apenas omitido. Não vejo como é de menos rigor uma obra não ter título, se isso for intenção do autor.

Eu descansado estou :), uma banda desenhada não deve ser produzida com o mero intuito de ser premiada. Mas deve, contudo, ser debatida como estamos a fazer, isso sim eleva a BD :)

Um Abraço,

Pedro Horta

Geraldes Lino disse...

Claro que há obras - pinturas, esculturas - sem título, talcomo a sua banda desenhada. Esse facto não diminui o valor da obra.
O que eu disse na crítica que fiz no meu blogue, é que esse pormenor da falta de título se verifica, maioritariamente, nas bandas desenhadas dos autores mais novos, conhecimento alicerçado em dezenas de júris de concursos de BD em que tenho participado.
Veja que, em 8 bedês distinguidas neste seu escalão com prémio ou menção honrosa, 7 têm título.
De resto, você até diz que a sua bd tem título ("Transcender"), só não o colocou na prancha por uma questão estética.
E, no entanto, até há autores/artistas que iniciam as suas obras de BD valorizando graficamente os títulos, como é o caso de Will Eisner nos episódios do "Spirit", não sei se conhece.
Abraço.
GL

Geraldes Lino disse...

Claro que há obras - pinturas, esculturas - sem título, talcomo a sua banda desenhada. Esse facto não diminui o valor da obra.
O que eu disse na crítica que fiz no meu blogue, é que esse pormenor da falta de título se verifica, maioritariamente, nas bandas desenhadas dos autores mais novos, conhecimento alicerçado em dezenas de júris de concursos de BD em que tenho participado.
Veja que, em 8 bedês distinguidas neste seu escalão com prémio ou menção honrosa, 7 têm título.
De resto, você até diz que a sua bd tem título ("Transcender"), só não o colocou na prancha por uma questão estética.
E, no entanto, até há autores/artistas que iniciam as suas obras de BD valorizando graficamente os títulos, como é o caso de Will Eisner nos episódios do "Spirit", não sei se conhece.
Abraço.
GL

Pedro Horta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Horta disse...

Sabendo os porquês da crítica elucida muito, à priori acaba por ser ambígua, já que a obra, de facto, tem título, não o tem é como elemento gráfico.
A omissão do título não foi uma escolha estética, mas uma orientação que decidi seguir, de forma a alhear a prancha de conceitos exprimíveis textualmente, para que a interpretação da BD emergisse, sobretudo, da figura Humana, deixando um Universo de interpretações em aberto.
São realmente espectaculares os títulos do 'Spirit', não conhecia, mas é espantoso como ele 'encaixa' tão criativamente esse elemento :)

Abraço,

Pedro Horta