sexta-feira, dezembro 16, 2005

Bocage - Homenagem pela Banda Desenhada

Prancha da autoria de Manuel Ferreira (desenho) e Maria das Mercês de Mendonça Soares (argumento), na revista "Camarada" - 2ª série, nº6, 8º ano, 20 de Março de 1965

Durante o corrente ano de 2005 houve várias homenagens ao vate setubalense Bocage. Ainda há pouco visitei uma exposição que lhe era dedicada na Biblioteca Municipal Luís de Camões, em Lisboa.

São merecidas todas as homenagens, e este bloguista resoveu associar-se com o presente "post".

Duzentos anos após a morte de Manuel Maria Hedois Barbosa du Bocage, nascido em Setúbal em 1765, falecido em Lisboa quarenta anos depois, corria o ano de 1805, também a blogosfera e a Banda Desenhada lhe dedicam um tempo, umas imagens e umas palavras de preito e homenagem, simultaneamente.

Aqui o bloguista, na adolescência, fez uns cadernos, manuscritos em letra desenhada, com as poesias que mais o impressionavam. 
Uma dessas poesias foi um soneto de Bocage, que tomo a liberdade de "recitar", e gostaria que os meus invisíveis amigos o relessem.

[JÁ BOCAGE NÃO SOU... À COVA ESCURA]

Já Bocage não sou!...À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei... Oh! Se me creste, gente ímpia
Rasga meus versos, crê na eternidade!

4 comentários:

Anónimo disse...

Já que o bloguista resolveu transcrever um dos sonetos de Bocage que mais lhe agradam, não resisto a partilhar com ele (e com os outros) o meu soneto preferido do poeta setubalense.
Aqui vai:

Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.

Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira.

Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara

Geraldes Lino disse...

Olá Carlos Rico. Não há dúvida que um blogue é tanto mais interactivo quanto mais intervenientes forem os visitantes. Este "comment" é um bom exemplo de como um blogue pode ter a participação activa dos visitantes.
Saudações bedéfilas.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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