Caprioli, mestre italiano de banda desenhada, tem numerosos admiradores em Portugal. Daí que, com inauguração hoje, dia 10 de Agosto, ele comece a ser homenageado em Viseu, através de exposição montada na Feira de São Mateus, no Pavilhão Multiusos, e ali permanecerá até 26 de Agosto de 2012.
Trata-se de uma mostra que se poderá considerar itinerante, visto que já esteve patente em Moura, entre Junho e Julho.
Como se justifica esta deslocação? Porque se trata de uma organização conjunta da Câmara Municipal de Moura e do Grupo de Intervenção e Criativadade Artística de Viseu - Gicav, do Instituto Português do Desporto e Juventude, e da Inovinter.
Dia 11, Sábado, pelas 17.00 horas, haverá uma sessão especial, constituída por uma visita guiada à exposição, conduzida por Luiz Beira.
Nessa sessão será igualmente apresentado um e-book (edição GICAV), cujo texto se deve a Jorge Magalhães.
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-------------------------------------------------------------------------------------------CAPRIOLI
Breve biobibliografia
Franco Caprioli, um dos mais ilustres autores da banda desenhada italiana e mundial, nasceu em Mompeo, província de Rieti, no dia 5 de Abril de 1912.
Desde cedo, manifestou grande paixão pelas coisas do mar (talvez influenciado por um tio, Capitão de fragata), o que, aliado ao jeito para o desenho, originou um caso curioso: o pequeno Caprioli começou a desenhar o mar mesmo antes de o ter visto pela primeira vez! Esta paixão manteve-a ao longo da vida o que, naturalmente, se refletiu na sua obra, onde a temática marítima e os países exóticos tiveram um papel muito relevante. Por essa razão Caprioli ficou conhecido como “O Poeta do Mar”.
A sua “imagem de marca” foi a utilização do “pontilhismo” (técnica que consiste em desenhar pontos muito próximos uns dos outros, para dar a ilusão de sombras ou relevo), que aplicou com mestria nas histórias que desenhou.
A obra de Caprioli - imensa e magnífica – espraiou-se por revistas italianas mas também inglesas, francesas, belgas, espanholas e portuguesas.
Na sua obra contam-se algumas das melhores adaptações de clássicos da literatura popular, muitas delas publicadas no nosso país como, por exemplo, “A Ilha Misteriosa”, “Miguel Strogoff”, “Os filhos do Capitão Grant”, “Os violadores do bloqueio” ou “Aventuras no Mar” (romances de Julio Verne, editados nos anos 70 e 80, sob a forma de álbum BD, e que hoje se encontram praticamente esgotados).
“Os filhos do Capitão Grant” foi mesmo a última história em que o artista trabalhou, deixando-a inacabada devido ao seu súbito falecimento, em Roma, a 8 de Fevereiro de 1974.
Outro desenhador italiano, Gino D’Antonio, completaria, posteriormente, o seu trabalho, desenhando as últimas sete páginas.
(Texto de Carlos Rico)
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